POLLOCK - DIRETOR

Sólida carreira e semelhança física levaram Ed Harris a Pollock

LUCIANA PAREJO
Colaboração para a Folha Online

Com uma sólida carreira como ator, Ed Harris estreou na direção em um projeto extremamente pessoal, idealizado dez anos antes, e do qual cuidou de todas as instâncias de perto: o filme "Pollock", sua única experiência atrás das câmeras.

O ator que deu personalidade a papéis tanto principais como secundários, os fazendo brilhar com seu grande carisma, nasceu em 28 de novembro de 1950 em Tenafly, New Jersey. A carreira de esportista quase foi uma opção para ele, que jogava futebol americano na universidade de Columbia. Ao ser transferido para a universidade de Oklahoma, interessou-se por interpretação, e finalizou seus estudos no California Institute of Arts, recebendo um diploma de Fine Arts.

Atuou no teatro da costa oeste até mudar-se para Nova York, onde estreou na montagem "off-Broadway" da peça "Louco de Amor", de Sam Shepard, em 1983. Três anos depois, iniciava sua carreira na Broadway com um papel no espetáculo "George Firth's Precious Sons".

Paralelamente, ele começou a interpretar para as câmeras, fazendo sua estréia na TV em 1977, e, logo no ano seguinte, iniciava sua prolífica carreira cinematográfica no filme "Coma", baseado no best-seller de Robbin Cook.

A partir daí, não parou mais de atuar para a tela grande, participando de mais de 30 filmes, como os sucessos "As Horas" (02), "Uma Mente Brilhante" (01), "Apollo 13: do Desatre ao Triunfo" (95) e "Os Eleitos" (83).

Foi indicado ao Oscar de Melhor Ator por "Pollock", mas foi como coadjuvante que recebeu mais indicações --três, no total. Ainda assim, não levou a estatueta para casa nenhuma vez.

É casado com a atriz Amy Madigan, que interpreta Peggy Guggenheim em "Pollock".

Ed Harris se interessou em interpretar a vida de Jackson Pollock devido à grande semelhança física entre ele e o pintor. A preparação para o papel levou dez anos, até a concretização do projeto. Ele acompanhou todas as etapas do processo: a escolha da equipe, a edição, a produção e a roteirização.

Com o acúmulo excessivo de trabalho, ele sofreu um esgotamento físico na segunda semana de filmagem, que começou ininterruptamente depois de cinco ou seis semanas de pré-produção.

As filmagens pararam, mas ele tirou apenas seis dias de descanso.

O filme conta com uma participação mais que especial: a atriz Debbie Reynolds, parceira de Gene Kelly em "Dançando na Chuva". Ela está na capa da revista Life que traz o artigo em que Pollock é anunciado como um dos maiores artistas de seu tempo. O exemplar que aparece no filme é um original da época, mas as páginas do artigo de Pollock foram substituídas por cópias em que se vêem fotos do ator Ed Harris.

Carreira

Diretor
o"Pollock" (2000)

Ator
- "As Horas" (2002)
- "Uma Mente Brilhante" (2001)
- "Círculo de Fogo" (2001)
- "Pollock" (2000)
- "O Show de Truman - O Show da Vida" (1998)
- "Poder Absoluto" (1997)
- "Nixon" (1995)
- "Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo" (1995)
- "A Firma" (1993)
- "O Segredo do Abismo" (1989)
- "Um Lugar no Coração" (1984)
- "Os Eleitos" (1983)
- "Cavaleiros de Aço" (1981)
- "Coma" (1978)
- "The Amazing Howard Hughes" (1977)