REGRAS DA VIDA - SOBRE O FILME

Filme aborda temas polêmicos

MARINA VIVEIROS
Colaboração para a Folha Online

Divulgação/Imagem Filmes

O ator Tobey Maguire, no filme

Aborto, incesto, traição e vício em drogas. A partir de que regras é possível lidar com temas tão polêmicos e complexos como esses? Delicadeza parece ser a única resposta dada pelo escritor John Irving e pelo diretor Lasse Hallström, dupla responsável pela versão cinematográfica do romance "Regras da Vida".

Estrelado por Tobey Maguire, Charlize Theron e Michael Caine, o filme mostra que nada, nenhum ensinamento ou planejamento, nos prepara para surpresas e desafios impostos pela vida real.

Homer Wells (Maguire) é um órfão que cresce numa instituição no Maine (EUA), comandada pelo veterano médico Wilbur Larch (Caine).

Ao perceber que o menino não será adotado, Larch assume os papéis de pai e tutor de Homer, ensinando a ele o que melhor sabe fazer: "aliviar mulheres". Por alívio, entenda-se fazer o parto de bebês indesejados e abrigá-los no orfanato ou, se for o desejo da futura mãe, realizar um aborto. Eis o primeiro ponto de conflito entre pai adotivo e filho -mestre e discípulo-, porque Homer é moralmente contra o aborto.

Já adulto, Homer decide pegar carona com Wally (Paul Rudd), um tenente do exército norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial, e a namorada dele, Candy (Charlize Theron), uma das "aliviadas" do dr. Larch, e vai se tornar colhedor de maçãs.

Enquanto no orfanato as paredes e as normas o protegiam, fora dele Homer vai descobrir que o mundo exige que as pessoas criem suas próprias regras todos os dias para poder sobreviver e que, mesmo assim, viver não é seguro.